28/02/2010

A RAINHA - continuação do post anterior

Postado por Antonietta às domingo, fevereiro 28, 2010 0 comentários

Bom, e é aí que entra uma doce dama. Eu não a via há muito tempo. Não que ela não tentasse, mas eu é que nem queria ouvir falar nela. Eu estava convencida de que se pudesse haver alguém no mundo que não me fizesse sentir bem, seria ela.
Até que recentemente eu, a rainha, me vi abalada com a viagem do rei e com algumas coisas acontecendo fora do meu reino, o que eu simplesmente declarei imutáveis, insolucionáveis, ao menos por hora.
Cansei e me fechei para balanço, fui para a minha torre e coloquei uma grande placa de "NAO PERTURBE" na maçaneta. Pois quando meus cavaleiros e minhas damas não conseguem parar quietos em seus lugares e eu me canso de dar as ordens, prefiro me isolar. Já que não cheguei á conclusão NENHUMA sobre NADA, talvez seja melhor tirar uma soneca. Quem sabe quando eu acordar, as coisas já estejam se encaixando no lugar por si mesmas? Mesmo que não tenham se encaixado da maneira que eu gostaria, é melhor do que ver tudo fora do lugar e não conseguir decidir-se sobre o que fazer e como fazer para rearranjar tudo novamente, não é?
Mas e se as coisas nem se encaixaram em lugar nenhum? E se tudo ficou mais bagunçado do que já estava antes da inocente soneca? E adivinhem... foi exatamente isso o que aconteceu.
Bom, pelo menos eu estaria um pouco mais descansada para conseguir colocar tudo em ordem. É... parece um bom plano para quem parece estar sem nenhuma outra opção, não fosse por um pequeno detalhe... EU ESTAVA MAIS CANSADA DO QUE ANTES DE DORMIR!!!
Como isso pôde ter acontecido? Talvez seja porque metade do tempo, apesar de deitada, eu não parava de rolar pela cama, chorando, tentando encontrar uma solução para algo que eu nem sabia direito o que era... Ai, como é difícil descobrir uma resposta sem ter a pergunta clara ou bem formulada...
Ah! E a outra metade do tempo? Passei entre sonos leves, quebrados a cada memória do rei, a cada julgamento do passado. E aí, até aqueles sonhos que costumavam nos fazer feliz nos ferem, pois já não nos parecem mais promessas de um futuro de contos de fadas, mas sim um lembrete do seu fracasso em realizá-los enquanto perde seu tempo revirando-se na cama, tentando dormir. Sem o equilíbrio entre o doce sonho e a dura realidade, o que fazer? Para onde ir, quando todos os caminhos parecem nos levar ao labirinto das nossas "verdades", das nossas "razões", das situações que não queremos enxergar, dos medos que não queremos admitir ter, das fraquezas que fingimos dominar, todos lá, escancarados e já não temos mais para onde correr?
A torre me refugia, mas não alivia a minha dor. Me sinto nua e desprotegida. Despida de qualquer força para contrariar ou negar, lá estou eu. Ouso ir até a entrada do labirinto e, devagar, abro os olhos.
Acho que nunca tentei entrar aqui...
Desde jovem, lembro que o mirava, da janela da torre, mas ele parecia tão menor e tão menos assustador...

O REI E OS CAVALEIROS - PARTE I

Postado por Antonietta às domingo, fevereiro 28, 2010 0 comentários

Deixem-me contar a vocês sobre um livro MARAVILHOSO para entender não só como funciona a nossa mente, nossos diálogos internos e os dos outros também. O livro chama-se QUALIDADE COMEÇA EM MIM, do autor Tom Chung. Já é a segunda vez que o leio e vocês ainda vão me ver (ou ler!!!:P) falando (escrevendo) muito sobre ele.

O tópico de hoje tem muito a ver com algo muito importante que li nesse livro de PNL (Programação Neuro-Linguistica). É sobre o rei e seus fiéis cavaleios. Porém, peço licença poética para minha interpretação pessoal sobre o rei e seus cavaleiros. Ou seja, muitas das coisas ao longo da história são invenções minhas, que representam MINHA opinião e não representam uma verdade científica ou qualquer coisa do gênero, hein? Eu me inspirei na REPRESENTAÇÃO DAS PARTES feita pelo autor, que as apresenta como rei e cavaleiros e as descreve. A história, interpretação e comentários à parte são meus. Isto posto, vamos lá...:)

Imaginem que a sua essência é o rei (no meu caso, rainha, hehehe). E esse rei é servido por fiéis caveleiros. Cada cavaleiro tem um traço marcante, cada um representando todos os nossos "lados", nossas "nuances", por exemplo: o lado emotivo, o lado racional, o brincalhão, o sério, o lado mãe (ou pai), o lado esposa (ou marido), e por aí vai...

Agora, vejam bem, essa é a parte mais importante. TODOS, simplesmente TODOS esses cavaleiros, são extremamente fiéis ao seu rei e cada um, com seu traço (ou especialidade) tem o PROFUNDO DESEJO DE SERVIR AO REI. Ou seja, nenhum deles tem a intenção de sabotá-lo, pois cada um, ao seu jeito, está tentando fazer o rei feliz, agradá-lo, resolver o que lhe incomoda, lutar suas batalhas (do rei).

E como podemos ver, existem muitos cavaleiros, cada um com sua "especialidade", e alguns são antagônicos, a exemplo do lado brincalhão, que gosta de se divertir, e o lado sério. Um quer que o rei se solte mais, ria mais, seja mais feliz. O outro já acredita que para ser feliz, há que se trabalhar, ser reconhecido, e sabe que para isso, o rei tem que ser levado a sério. Muito bem... quem é que resolve quem deve sobresair-se naquele dado momento? O REI. Ou seja, o rei é o soberano, é o único com poder de decisão sobre todos os cavaleiros. E conforme a decisão do rei, todos os cavaleiros seguem o direcionamento do mesmo, sem birra ou mágoa, pois confiam cegamente nesse rei.
Bem, o rei sabe que cada situação exige um ou mais cavaleiros que devem estar à frente dos outros naquele momento, para que sejam alcançados os melhores resultados possíveis. É como numa empresa. O bom líder sabe que, por melhor que seu funcionário seja em relacionar-se socialmente com os outros, se ele não é bom em cálculos ou em lidar com situações que exigem muita racionalidade, não há como colocá-lo como responsável pela contabilidade, não é verdade? Mas com certeza, ele será o primeiro a ser cogitado para a vaga de marketing pessoal, de relações públicas do rei.

Vocês estão me acompanhando, pessoal? Eu sei que é esse post é longo, mas é bem interessante! Tenho certeza de que vocês concordam!!!:)

Continuando... E assim, com os comandos do rei, o reino funciona plenamente. Em caso de opiniões distoantes, o rei ouve suas partes (cavaleiros), pesa os dois ou mais lados, analisa a situação e toma a sua decisão. Portanto, é realmente o rei o grande gestor desse reino.
Mas, e quando esse rei "abdica" seu poderes por um tempo? Ele está lá, à mesa, com seu olhar distante, distraído, as vozes dos cavaleiros são apenas pano de fundo, ele mal as ouve ou as distingue. E então, há tantas coisas acontecendo no reino e fora dele, decisões precisam ser tomadas. Os cavaleiros se desesperam e, vendo que não tem jeito, terão que agir sem o aval do rei, já que ele não diz nada e parece não estar muito preocupado com o que ocorre à sua volta. Então, cada um tendo SEMPRE como interesse o bem-estar do rei, dá a sua opinião. Só que outros lados não concordam com a solução de um. Como ninguém chega à conclusão nenhuma, um deles resolve tomar à frente e fazer como entende melhor, e "tchum", faz. Daqui a pouco, outra situação surge, e vem outro e "tchum", faz. E quando o rei "acorda", vê a bagunça (em muitos casos, o caos) que se tornou seu reino. São aquelas situações que não sabemos como foram fugir do nosso controle (do rei), ou porque fizemos aquilo e etc. E não adianta se culpar (culpar os cavaleiros), pois todos estavam fazendo o que acreditavam ser o melhor para o bem-estar do rei. Era trabalho do rei saber se aquela era a melhor forma de agir no momento ou não. E, ainda assim, também não podemos culpar o rei. Muitas vezes ele se sente fraco por não acreditar que tem forças para lidar com algo que o incomoda profundamente, ou ele está tão absolto com um assunto, que "se desliga" de outros. Não é como deveria ser, mas pode acontecer, pois, em alguns casos (o meu, por exemplo) o rei ainda está "despertando", descobrindo o seu pleno poder, suas força e capacidade infinitas (afinal, o Rei é o legítimo representante de Deus na Terra). E olha que meu rei está DESCOBRINDO isso. Tem rei que não faz nem a mínima idéia sequer de que exista um rei, muito menos que ele seja o próprio!!!:P

O que quero dizer é, aprenda a se perdoar, não tenha raiva de você mesmo, pois todas as suas partes querem acertar, querem o bem do rei. O rei é pleno e é sábio, mas só exerce seu pleno e nato poder quando está totalmente desperto, caso contrário, também é passível de erro, apesar de ter as melhores da intenções de acertar. O que fazer então? Ir aprendendo (despertando) e exercendo nosso poder de decisão. Lá estão todos os nossos cavaleiros, ávidos por nos servir e trabalhar em conjunto sob o nosso direcionamento, só esperando nossa decisão, nosso comando, à caminho do sucesso!!!:)

Viram como valeu a pena ler até o final??:P Já que vem a parte II!!!:P
Ah! Acabei de achar um blog super interessante para quem se interessa sobre a cultura celta e lá, dentre muitas outras coisas, vocês podem encontrar nos arquivos informações sobre um outro rei, o mais famoso deles, e seu cavaleiros: Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda e é bem completo, com direito ao seu Código de Cavalaria e lsta com o principais integrantes da Távola Redonda:

http://caminhocelta.blogspot.com/

27/02/2010

O peido molecular

Postado por Antonietta às sábado, fevereiro 27, 2010 1 comentários
Caramba... enquanto surfo na net, a Tekinha, minha lhasa apso (vulgo ursinho polar de pelúcia, ou tchubaquinha baby) não pára de peidar... Meeeeuuuu... pq peido de cachorro demora para ir embora??? Minha teoria é que o odor se une às moléculas de ar... E qual é a sua???:P

26/02/2010

A BELA ADORMECIDA

Postado por Antonietta às sexta-feira, fevereiro 26, 2010 0 comentários

Hoje o clima começou a esfriar em São Paulo. Já posso sentir nas pontas dos dedos dos pés (minhas partes mais sensíveis ao frio). E acho que já sinto o resfriamento no meu entusiasmo também.

Não faz nem uma semana completa (apenas 6 dias) que meu noivo Ronnie mudou-se para outra cidade, outro estado e, aiiiiii.... já parecem meses. AAAAAHHHHHHH!!!

Quase sete anos juntos, nos vendo e nos falando TODOS OS DIAS... e agora.... nos falamos por cinco minutos (para não gastar muito) ao telefone antes de dormir. Meu melhor amigo, meu confidente está bem longe... É para ele quem eu corro quando preciso desabafar e me abraçar e me consolar, nem que leve uma noite inteira para isso.... Com apenas cinco minutos, não sobra tempo para desabafos, apenas para as rápidas novidades do dia-a-dia. Além disso, não quero aborrecê-lo e desanimá-lo. Ele já está longe e não merece o peso de se sentir culpado por não poder estar aqui para me consolar (ele sempre se sente assim quando não está por perto para garantir que eu me sinta protegida).

E, vamos lá, sei que é por uma ótima causa e sei que ele faz isso por um futuro melhor para nos dois, ele é o meu herói, mas ai.... que falta faz a presença física dele aqui do meu ladinhooooo...

Bom, apesar da dorzinha da saudade, que anda tirando meu ânimo enquanto não me acostumo com tudo isso, sei que a princesinha aqui vai aprender muito a ser mais independente.

Incrível, gente... Uma simples tarefa como ir ao supermercado comprar areia para os meus gatinhos e lá estou eu de novo pensando no meu amooorrrr.... que falta faz... ele sempre carregava os sacos de areia pra mim, porque eles são tãããão pesados...
Que estranho, acabou de me ocorrer uma coisa... Desde pequena, minha princesa preferida sempre foi a Aurora (A Bela Adormecida) e eu queria ser como ela... MEU DEUS!!! Como nunca percebi que me tornei a própria???

Dentre tantos amigos conquistando novos empregos, promoções, casando-se, tendo filhos, aqui estou eu, uma espectadora da vida, me preparando no backstage para um show que parece nunca começar... Alguém aí já se sentiu assim? Não sei como fui picar o dedo na roca, mas certamente quero "acordar".
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